A) Reflexão crítica de identificação da temática, do assunto e das implicações no quotidiano e na educação
A Imprensa de carateres móvel foi a primeira invenção tecnológica a permitir partilhar, divulgar, informação sobre coisas da vida pelas "massas". Desde então, os eventos tecnológicos evoluíram e, à medida que abriam possibilidades de comunicação entre pessoas, foram continuamente agentes de marketing ideológico/politico/económico/educativo.
Em 1989, Tim Berners- Lee cria a World Wilde Web. Dava-se início à globalização total quer ao nível da comunicação quer ao nível das relações comerciais. No conforto do sofá era agora possível, comprando equipamento e serviços, conectamo-nos com o mundo, só com um simples click. Uma luta de gigantes, como a Google e a Microsoft, é travada pelo domínio do ciberespaço. A imprensa escrita, denominada de quarto poder, parece ter agora um fim anunciado incapaz de concorrer com as grandes empresas tecnológicas. As populações de forma generalizada parecem viver absorvidas e dependentes desta nova forma de partilharem informação, e ainda com a oferta de redes sociais, cuja aparente exposição da intimidade e hábitos parece revestida de uma nova forma de socialização. No entanto, toda esta informação é condensada em memórias sólidas, cujos detentores e gestores são precisamente os donos destes gigantes operadores de informação. Hoje é possível a esses operadores, fruto da exposição a que as pessoas se submetem, construírem perfis para desta forma tentarem influenciar hábitos de consumo. Num mundo onde o “cidadão converteu-se em cliente”, em que o poder financeiro (grandes multinacionais) se sobrepõe ao poder político. Será que ainda há espaço para o questionamento, para a crítica, ou movimentamo-nos num meio onde predomina “ a nova ignorância.” (Pereira, 2016)
“ A antiga ignorância assentava numa carência, numa falta, a nova assenta numa ilusão.” (Pereira, 2016). Será tudo isto uma ilusão? Teremos a capacidade de processar e filtrar toda esta gigantesca informação?
Todo este mundo virtual, assim como todas as novas ferramentas desenvolvidas têm um lado muito positivo para a humanidade, no entanto, estará essa mesma humanidade preparada para a outra face? Não poderemos esquecer que as máquinas “inteligentes” na sua retaguarda estão homens e mulheres. As máquinas ainda não se tornaram no computador “Hal" do livro 2001 Odisseia no Espaço de Arthur C. Clarke.
Bibliografia: Pacheco. J. P. (2016, dezembro 31). A ascensão da nova ignorância. Jornal Público, P. 52.
LINHA TEMPORAL
Implicações das TIC em Rede na Sociedade: visão prospectiva. Análise e comentário reflexivo do filme ‘EPIC 2014’
